Neste 19 de setembro,
comemora-se o centenário de nascimento do mais célebre e festejado
educador brasileiro. Falamos do recifense Paulo Freire, respeitado por sua
cátedra dentro e fora do país em defesa da educação para a liberdade, onde homens
e mulheres se educam em comunhão.
No Berço do Madeira,
também temos nossa dinastia freiriana representada pelas
palavras sempre sinceras e lapidares da professora Maria Laurinda Groff.
Contida na fleuma quase beneditina do professor José de Góis
Lopes Neto (in memoriam). Presente na liderança peculiar da professora
Angelina Rodrigues Uchôa e na delicada generosidade da professora Lucimar
Martins de Carvalho (in memoriam).
Herdeiros e anunciadores
deste saber construído por estes notáveis, destacamos o professor Ismael
Pereira de Lima, cuja paciência de Jó, o eleva à categoria de um profeta e seus
ensinamentos elevados. É imperativo referir-se a sempre combativa professora
Samantha Sulamita, assentada em suas trincheiras sempre a mesclar o nosso
passado e os desafios do cotidiano. E a professora Marcia Dias,
cuja verve literária enfeita lindamente de poesia o frutífero chão do Berço do
Madeira.
Me desculpem caros
colegas educadores, mas, com o devido respeito, dedico alguns parágrafos desta
crônica à “Professora Maria Luiza”. Múltipla e superlativa, esta criatura
ultrapassou qualquer categorização, porque se fundem nela o sentido
mais profundo e belo que temos da palavra “Educação”, e o ser humano, cuja
essência é sinônimo de ternura, dedicação e compromisso, amalgamados por um
profundo senso de justiça e amor ao próximo.
Querida, lembrada e
reverenciada por ex-alunos, pais, e colegas de trabalho, a Professora Luíza
educou com grandeza de espírito e nobreza de gestos. Nunca desistiu de nenhum
de seus alunos, tratando-os com reverência, “aprendia na medida que ensinava, e
ensinava na medida que aprendia”.
Chorou muitas vezes, numa
delas, chorou copiosamente quando viu um ex-aluno envolvido com drogas. Por
onde passou, a Professora Luiza deixou uma marca perene no coração das pessoas,
e são raras criaturas desta estirpe, magistralmente denominadas “Seres de Luz”.
Talvez os sábios alquimistas consigam decifrar tamanha grandeza de espírito.
A dinastia que lançou a
pedra fundamental da educação do Berço do Madeira, e seus herdeiros
anunciadores da boa nova, mesmo que por um momento, sentiram a mão fraternal e
amiga da Professora Luíza sobre as suas. O educador Paulo Freire é o patrono da
educação brasileira, a professora Luíza é a bússola que aponta para o horizonte
da educação inclusiva e da esperança no Berço do Madeira.
Autor: Simon O. dos
Santos
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