A empresa que vai construir as pontes é genuinamente rondoniense, concorreu com empresas de Porto Alegre, Curitiba, Goiânia, duas de Belo Horizonte e uma de Cuiabá
PORTO
VELHO – Mais de um século depois, o Brasil continua trabalhando para cumprir o
Tratado de Petrópolis. Parte do Patrimônio Histórico de Rondônia, a ponte sobre
o Rio Araras, na BR-425, no município de Nova Mamoré, é remanescente da extinta
Estrada de Ferro Madeira-Mamoré e, junto com aquela sobre o Rio Ribeirão, é
usada, ainda hoje, para a travessia de veículos. Com o projeto para construção
de duas novas pontes, por uma empresa rondoniense, os problemas dos
nova-mamorenses e guajaramirenses estão com os dias contados.
De acordo com a empresa que ganhou a licitação para construir a duas pontes, as obras devem começar logo depois do período das chuvas, em maio próximo. Melhoria na trafegabilidade, gerar empregos e preservar o Patrimônio Histórico de Rondônia.
Três importantes fatores que fazem da construção de duas pontes de
concreto, uma sobre o Rio Araras e a outra sobre o Rio Ribeirão, onde também existe
uma ponte metálica, que foi construída à época das obras da centenária Estrada
de Ferro Madeira-Mamoré é uma notícia alvissareira para a população local. O
projeto vencedor da licitação para as obras foi o da empresa Técnica Rondônia
de Obras Ltda (Trol), que já está sendo finalizado.
As
novas pontes serão construídas, mas as históricas serão mantidas no local. É a
garantia do engenheiro responsável pelas obras, Eduardo Barbosa Junior,
proprietário da Trol.
O
engenheiro explica que as novas serão construídas paralelas às antigas e sem
afetar o patrimônio. “Nosso trabalho é apenas com as novas pontes incluindo
terraplenagem, asfalto, sinalização, drenagem, recuperação ambiental, nos dois
sentidos. Ambas serão mais altas que as pontes antigas. Acabado, o piso ficará
quase três metros acima das outras”, disse.
As
pontes antigas, de acordo com ele, vão continuar onde estão. “Elas fazem parte
do patrimônio histórico de Rondônia. Inclusive o Dnit tem um programa chamado
Pró Arte, cuja licitação foi vencida por uma empresa de fora, que vai cuidar da
manutenção e recuperação de 85 pontes existentes no Estado”, afirma. Conforme
comentou o engenheiro, a Trol é uma empresa genuinamente rondoniense, que
concorreu com empresas de Porto Alegre, Curitiba, Goiânia, duas de Belo
Horizonte e uma de Cuiabá. “Com a construção das duas pontes vamos gerar entre
45 a 50 empregos diretos”.
Serão
pontes de duas pistas com 12,8 de largura, pista de sete metros e dois
acostamentos de dois metros e meio de cada lado. Entre a entrega do projeto
(105 dias) e a finalização completa das obras (720 dias) serão 825 dias de
trabalho. A previsão é iniciar as obras entre abril e maio deste ano, logo após
encerrar o período de chuvas.
Com
a construção das duas pontes tendo o piso entre dois metros e meio e três de
altura, se houver aumento no nível das águas dos rios em decorrência das
chuvas, não haverá transbordamento, conforme afirmou Eduardo. Tratado de
Petrópolis Assinado a 17 de novembro de 1903 entre os governos do Brasil e da
Bolívia, trata-se de um Tratado de Permuta que resultou na entrega do
território do Acre, efetivamente ocupado pelos seringueiros brasileiros durante
a corrida à borracha na floresta amazónica. Em troca, o Brasil cedia as terras
na foz do Rio Abunã e na bacia do Rio Paraguai. E ainda pagaria uma compensação
monetária de 2 milhões de libras esterlinas.
Fonte:
www.expressaorondonia.com.br
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