O golpista Ricardo Nelson
Ribeiro, de 44 anos, foi condenado pelo juízo da 1ª Vara Criminal de
Guajará-Mirim, após aplicar um golpe que lesou dezenas de famílias na cidade,
através do show de prêmios do ´Bingo Solidário´, que prometia inclusive
reverter parte da renda a uma creche de crianças carentes.
A sucessão de golpes
aconteceu entre outubro de dezembro do ano passado e causou grande alvoroço na
cidade. O evento foi muito bem divulgado, prometia prêmios valiosos e tinha
viés filantrópico. Foi o suficiente para centenas de pessoas acreditarem na
promessa e serem surpreendidas com a fraude.
Segundo a Polícia Civil de
Guajará-Mirim, o golpista utilizou o nome da creche para arrecadar valores com
a venda das cartelas do bingo solidário e, após sorteio, agendou com as vítimas
para a entrega dos prêmios no dia seguinte e simplesmente desapareceu. Não se
sabe ao certo, até hoje, o total de vítimas lesadas.
Uma das vítimas ouvidas pela
Polícia, afirmou ter adquirido quatro cartelas, e uma mesa pelo valor de R$90,00
(noventa reais). No dia do evento ela foi contemplada, junto com mais três
pessoas, com uma motocicleta modelo Biz, e ao procurar o réu, ele solicitou que
ela fosse à loja Honda no dia seguinte para a retirada do prêmio. No dia
seguinte, no horário combinado ela foi à loja e foi informada pelo gerente para
aguardar até o meio-dia, mas o golpista não apareceu.
Outro engodo orquestrado
pelo golpista foi o do carro zero quilômetro. O veículo que estava na
propaganda foi alugado por R$ 3 mil e teve a placa retirada, sem a ordem da
locadora. Em relação às motocicletas, o golpista assinou um Termo de
Responsabilidade para pagamento de R$ 2 mil no dia 18 de outubro de 2019. Ele
devolveu as motocicletas à loja dizendo que havia negociado os valores dos
prêmios com os contemplados.
Pelo menos uma das
vendedoras das cartelas do bingo teve dificuldade em receber seus honorários e
teve que enfrentar a cobrança dos clientes que foram lesados. Alguns clientes
acreditavam as vendedoras poderiam estar em conluio com o estelionatário e
fazerem parte do golpe. Até mesmo aluguel do carro utilizado como isca não foi
pago. Para a Polícia Civil, ele se aproveitou de que o evento era beneficente
para se utilizar da boa-fé dos donos das lojas.
Fonte: Assessoria
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