Apenas Porto Velho
contaria com 193 novos leitos sem recorrer a compra da Regina Pacis
O governo de Rondônia, comandado por Marcos Rocha comprou a maternidade Regina Pacis, um prédio totalmente inadequado ao preço de R$ 12 milhões para servir de ‘hospital de campanha permanente”, para atender os pacientes com Covid-19. A justificativa era a “falta de leitos’ na rede pública para atender a demanda.
Antes dessa compra,
porém, o governo tentou alugar o hospital Prontocordis, e falhou miseravelmente
porque parte da imprensa denunciou. Acuado ao ter que dar explicações sobre os
motivos de torrar R$ 9 milhões na locação, o governo recuou.
Mas, logo em seguida
efetuou a compra da
maternidade, que precisou passar por uma ampla reforma, e na
tarde da última a quarta-feira, entregaram 12 leitos de UTI, em uma solenidade
que aglomerou
mais de 100 pessoas.
Até o momento, de acordo com o próprio governo, 85% das vagas em UTIs estavam ocupadas.
A questão é que, tanto a
tentativa de locação quanto a compra da maternidade foram totalmente
desnecessárias, tendo em vista que a Assembleia Legislativa alugou do Hospital do Amor uma ala inteira,
com 61 leitos, sendo que 12 são de Terapia Intensiva (UTI). Vamos fazendo as
contas.
Teríamos até aqui, 141
leitos, lembrando que até agora estamos falando apenas de novos espaços de
atendimento
Teríamos então até agora, 193 leitos novos, até aqui sem precisar do Regina Pacis.
A compra da maternidade,
até agora, não se mostrou necessária.
Mas, alguém vai falar,
“ain, o Léo Moraes é candidato a prefeito e por isso está fazendo confusão”.
Independente do futuro incerto de Léo Moraes, o ponto principal da questão é
que, o governo está gastando descontroladamente e sem fiscalização efetiva por
parte dos órgãos de controle que estão sendo induzidos à erro com manobras, no
mínimo, nebulosas.
Quando falamos em “compra
emergencial”, é porque se trata de uma emergência, e não de uma coisa que vai levar
quase 70 dias para ser parcialmente entregue. O governo tem unidades que
poderiam ser rapidamente adaptadas e utilizadas sem a necessidade de comprar
prédios ou fazer reformas dispendiosas. O dinheiro usado na compra do Regina
Pacis, poderia, por exemplo, ter sido usado em auxílios a população que está
desempregada. Já que o governo se preocupa tanto com a economia, deveria saber
que dinheirosa conta de milhares de pais de família, seria um incentivo para
manter-se em isolamento. Mas é apenas uma sugestão.
Faça as contas, quanto
dinheiro poderia ter sido economizado se houvesse planejamento? E os testes
rápidos, comprados sem registro na Anvisa, que também eram ‘emergenciais’ e
foram entregues sob pressão da imprensa, porque pelo governo estaria esperando
até hoje?
O que falta para a
Polícia Federal chutar a porta do Palácio? Tenho certeza que, se fosse um
governador tucano ou petista, já tinha gente na cadeia há tempos…
Fonte: Alan Alex, Painel
Político
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