O
Ministério Público do Estado de Rondônia, por meio do Grupo de Atuação Especial
de Combate ao Crime Organizado (GAECO), com apoio da Polícia Civil, deflagrou na
manhã desta quarta-feira (22/01) a Operação Dissimulação, destinada a
desmantelar o suposto esquema criminoso de restituição de gastos com saúde com
o Deputado Estadual, Marcelo Cruz (PTB), na Assembleia Legislativa de
Rondônia.
As
equipes integradas de policiais cumprem nessa manhã mandados de busca e
apreensão expedidos pelo Tribunal de Justiça do Estado de Rondônia nas
residências dos investigados, bem como no gabinete de parlamentar na Assembleia
Legislativa de Rondônia.
A
investigação, realizada pelo GAECO, revelou um suposto esquema criminoso
envolvendo o Deputado Estadual, Marcelo Cruz, profissionais da área da saúde e
advogado.
Apurou-se
que o parlamentar foi submetido a procedimentos cirúrgicos de natureza
estética, apresentando posteriormente à ALE/RO notas fiscais e laudo médico de
conteúdos possivelmente falsificados e, ao final do pedido administrativo, teve
restituído pelo poder público os valores gastos na cirurgia.
Destaca-se
que Resolução nº 222/2012 da ALE/RO dispõe sobre a restituição de despesas
decorrentes de tratamento de saúde e odontológico aos Deputados Estaduais de
Rondônia no exercício de mandato ou licença para tratamento de saúde, portanto,
não abrangendo os valores restituídos indevidamente ao parlamentar pelas
cirurgias plásticas.
Dentre
as possíveis ilegalidades apuradas até o cumprimento das medidas cautelares
tem-se a prática de crimes de falsidade ideológica, uso de documentos falsos e
peculato, além de ilícitos civis caracterizadores de improbidade administrativa
na modalidade enriquecimento ilícito, dano ao erário e violação do princípio da
moralidade administrativa.
O
nome da operação, “Dissimulação”, significa a ocultação, por um indivíduo, de
suas verdadeiras intenções. Nesse contexto, faz alusão aos atos cometidos pelos
investigados que, além de produzirem documentos que não condizem com a
realidade, a fim de apropriarem-se de dinheiro público, construíram um enredo
fantasioso, inclusive com a produção de documentos falsos, tais como
prontuários médicos, ofícios e notas fiscais, com a finalidade de embaraçarem
as investigações.
Fonte: Jornal
Rondônia
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