Os
vereadores Mário Moreira Jabá (Patri) e Rogério Chagas (MDB) se envolveram em
uma nova briga. Dessa vez foi no hall de entrada da Câmara de Vereadores de
Cacoal (RO), município a 480 quilômetros de Porto Velho. A confusão aconteceu
na última terça-feira (4). Essa é a segunda confusão registrada entre os
parlamentares em pouco mais de um mês.
Jabá
informou que chegou a ser agredido com socos e pontapés. Já Rogério alegou não
ter agredido ninguém, mas apenas tentado separar a briga que era entre o irmão
dele e o vereador.
Ambos
vereadores registraram ocorrência. Valdomiro Corá (PV), presidente da Câmara,
alegou que o episódio cabe quebra de decoro parlamentar.
No
final do mês de abril, os dois parlamentares se envolveram em uma confusão,
quando, em plenário, Jabá acusou Rogério de jogar café quente nele pelas
costas.
Em
contrapartida, Rogério afirmou que não teve a intenção de machucar Jabá e que
teria derrubado a bebida sem querer. Na época, Jabá registrou um boletim de
ocorrência por lesão corporal na Delegacia de Polícia Civil (DPC) contra
Rogério.
Segundo
Rogério, a confusão começou na última segunda-feira (3), quando sentiu que a
família dele foi ofendida por Jabá em meio a um discurso na sessão plenária.
Rogério
conta que, no dia seguinte a sessão, assim que saía de dentro da Câmara junto
com o presidente Valdomiro Corá, viu quando o irmão dele, que ocupa a função de
assessor parlamentar, começou a se desentender com Jabá, que estava sentado no
hall de entrada do prédio tomando café.
"Eu
vi meu irmão conversando com o Jabá e, logo em seguida, o vereador empurrou meu
irmão. Quando percebi a confusão corri para separar. Mas, na verdade, não foi
nada demais não. Meu irmão só deu uns conselhos para ele mesmo e logo os ânimos
foram acalmados. Os dois tentaram se agredir, mas foram separados por todos que
estavam próximos", detalhou o parlamentar.
Por
outro lado, Jabá afirmou ter sido agredido não somente pelo assessor
parlamentar, mas pelo próprio Rogério. O vereador contou que foi atacado com
socos e pontapés. Disse ainda que chegou a fazer exame de corpo de delito.
"Ontem
(terça-feira) eu fui agredido fisicamente pelo vereador Rogério e pelo irmão
dele. O irmão me disse que era para eu parar, pois estava falando demais. Eu
perguntei se era ameaça ou conselho. Então ele disse para eu entender como
quisesse. Quando me levantei para continuarmos conversando, recebi o primeiro
empurrão e passei a ser agredido com socos e pontapés. Eu não bati em ninguém.
Apenas me protegi e chamei a polícia em seguida", explicou.
Segundo
o presidente da Câmara, a briga cabe quebra de decoro parlamentar. Para chegar
a uma conclusão sobre o caso, os 12 vereadores se reunirão na próxima
segunda-feira (10) onde, juntos, tomarão as medidas necessárias.
"Nessa
reunião também estarão os advogados e procuradores da câmara, pois não adianta
fazer nada sem saber direito por onde começar. A ideia é fazermos as coisas de
forma correta", garantiu Valdomiro.
Ambos
os vereadores registraram ocorrência na Delegacia de Polícia Civil local. No
entanto, as imagens das câmeras de segurança, que poderiam esclarecer melhor o
que ocorreu, não foram registradas. Conforme Valdomiro, o HD das câmeras foram
cedidas para os policiais que investigam a morte do procurador Sidnei Sotele e,
até o momento, não foi devolvido.
Banho
de café
Uma
noite polêmica marcou a sessão da câmara de vereadores de Cacoal no dia 29 de
abril. A confusão entre os vereadores Mário Moreira e Rogério Chagas aconteceu
no momento de uma suspensão na votação de um projeto de lei que autorizava a
prefeitura fazer o pedido de um empréstimo de R$ 5 milhões a Caixa Econômica
Federal (CEF).
Em
plenário, o vereador Jabá acusou Rogério de jogar café quente nele pelas
costas. Já o parlamentar Rogério afirmou que não teve a intenção e derrubou o
café sem querer. Um registro de ocorrência policial por lesão corporal foi
registrada por Jabá na DPC local contra o vereador Rogério.
Um
dos vídeos que circularam nas redes sociais mostrava o vereador Jabá alterado e
o vereador Rogério falando alguns xingamentos. Jabá também mostrou a cópia do
registro de ocorrência e a camisa suja de café.
Toda
a polêmica começou no momento em que o projeto de lei, que autorizava a
prefeita a pedir R$ 5 milhões emprestados para a CEF foi inserido na ordem do
dia para votação. O valor seria usado para a compra de insumos e contratação de
mão de obra para recuperação do asfalto nas ruas de Cacoal.
Como
alguns vereadores não concordaram com a inclusão, foi pedido cinco minutos de
suspensão. Quando os legisladores foram para um miniauditório discutirem a
legalidade dessa inclusão, houve o desentendimento entre os vereadores Jabá e
Rogério.
Fonte:
G1/RO
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