O primeiro encontro do
presidente Jair Bolsonaro com a Amazônia, região que o deu a maior votação a um
candidato na história do país, será no segundo semestre deste ano,
provavelmente entre outubro e novembro, na inauguração da ponte sobre o rio
Madeira, ligando Rondônia ao Acre e concretizando a saída do pacífico. A obra
foi iniciada em 2014, no governo deposto de Dilma Roussef, e já está
praticamente pronta.
No momento, o trabalho
dos construtores se restringem às cabeceiras, nas duas extremidades, que precisaram
de adequações em função dos alagamentos registrados em 2015 e 2016, que
mostraram a necessidade de aumentar a altura dos aterros. “Mas é algo que está
dentro do previsível. Não haverá atraso para a entrega da obra”, disse o
secretário de Infraestrutura do governo do Estado, engenheiro Thiago Caetano,
que acompanha o andamento da obra junto ao Departamento Nacional de
Infraestrutura e Transporte (DNIT). “Mas, mesmo antes da inauguração, já
podemos dizer que temos uma ponte entre os dois estados porque muitas pessoas
já cruzam o local caminhando, a pé”, comemorou Caetano, em Rio Branco.
O presidente Bolsonaro
confirmou que quer estar presente na inauguração e deve aproveitar a agenda que
terá com o presidente peruano, Martín Vizcarra, em Rio Branco. Eles devem
assinar no Acre uma série de acordos visando o estreitamento das relações
bilaterais entre Brasil e Peru e que nos últimos dias foram objetos de
encontros em Lima entre lideranças da região – como os governadores do Acre,
Gladson Cameli, e de Rondônia, Marcos Rocha, além de membros da Comissão de
Relações Exteriores do Senado Federal. Os encontros no Peru, que devem se
repetir no Acre dias antes do encontro presidencial, foram articulados pelo
senador Márcio Bittar (MDB-AC).
Em cinco anos de obra, a
construção da ponte consumiu mais de R$ 130 milhões e até a posse de Bolsonaro
como presidente haviam incertezas se teria continuidade, já que havia sido
iniciada sob a gestão petista de Dilma Roussef e o temor é que o novo governo
paralisasse todas as obras para a realização de auditorias. No entanto, em
relação à ponte sobre o Madeira, por ordem de Bolsonaro, o DNIT recebeu a
garantia do Ministério da Integração de que haveria continuidade da obra e que
os recursos estariam garantidos e que sua conclusão agora é questão de
detalhes.
Em Lima, no Peru, o
governador Gladson Cameli, ao lado de Marcos Rocha, o governador de Rondônia,
comemorou a possibilidade de integração entre os dois estados. “Vamos quebrar a
barreira e os isolamentos. Acre, Rondônia e o Peru, com seus estados vizinhos a
nós, vamos estreitar ainda mais nossas relações comerciais e culturais”, disse.
Com informações contilnet
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