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Pai salvou filho após criança cair em fosso em chamas. — Foto: Arquivo pessoal |
Após três dias de um
acidente que envolveu pai e filho, a pedagoga, esposa e mãe das vítimas, Aline
Castro, agora consegue respirar aliviada. “Foi uma cena horrível, mas eles
nasceram de novo”, disse. O vigilante patrimonial Franklin da Silva e a criança,
de 3 anos, seguem internados e o estado de saúde de ambos é estável.
Eles se machucaram
após o pai salvar o garoto de um fosso em chamas, usado para a incineração
de resíduos. O acidente aconteceu em Guajará-Mirim (RO) no último dia 30 de
dezembro.
No momento do
incidente, Franklin conversava com um vizinho, enquanto o menino brincava perto
de um incinerador de madeira. Em pouco tempo, a criança caiu dentro do fosso em
chamas.
O buraco possui dois
metros de profundidade e era coberto apenas por uma telha.
“No que ele caiu,
gritou: ‘Papai, me ajuda!’. Nisso, eu já saí correndo. Vi as brasas e pulei dentro”,
contou Franklin.
“Consegui tirá-lo para
fora, mas tentei sair e era muito alto. Queimei logo minhas mãos. Os pés
começaram a cortar também. Ele (menino) ainda tentou pegar minha mão e falava:
‘bora, papai. Bora, papai’. Eu falei pra ele chamar ajuda e ele correu”,
explicou o homem.
Grito de socorro
Quando viu como filho e
o esposo estavam, Aline Castro não pensou duas vezes e clamou por socorro. Sua
primeira ação foi pegar a criança no colo e ajudar o marido. Vendo que não
conseguia puxá-lo de volta do buraco, gritou o máximo que pôde.
Com os gritos da
mulher, vizinhos começaram a aparecer. Os da frente, um homem e o filho dele,
conseguiram salvar Franklin. Pela gravidade nos ferimentos, o homem desmaiou.
“Depois que eles o
puxaram, olhei o Franklin de longe e ele desmaiado. Falei e pensei: ‘Meu Deus!
Perdi o meu marido'”.
O homem sofreu
queimaduras nos braços, nas pernas e nos pés. Pela gravidade nos ferimentos,
ele foi transferido ao Hospital de Base de Porto Velho, passou por cirurgia e
continua em observação. Ele ficou cinco minutos no buraco.
A criança também
permanece em observação no hospital de Guajará-Mirim. Ela se recupera das
queimaduras de uma das mãos.
Fonte: G1
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